Em 16 de fevereiro de 1865 a publicação oficial “O CEARENSE”, nos traz a citação a “relação de pessoas que compõem as commissões nomeadas para alistamentos de _ Voluntários da Pátria”, na relação consta o nome dos nomeados de cada comarca, quando chega a “COMARCA DE INHAMUM”, na Vila S. João do Principe, onde consta os nome do Dr. Francisco Bernardo de Carvalho, Jose Fernandes Vieira Bastos, Tenente-Coronel Jose Andre dos Santos, Capitão Antonio Miguel Chaves, Francisco Alves Feitosa, Joaquim Alves Feitosa”, na referida relação consta o nome de dois nomes da Família Alves Feitosa já em 1865, que nos anos seguintes viriam a ser os membros mais destacadas na região do Inhamuns.
Em 27 de maio de 1865 a publicação oficial “CEARENSE”, nos traz a citação
“-o presidente da provincia, de conformidade com a proposta do Dr. Chefe de Policia em oficio de 6 do corrente, sob n° 330, demitte, por assim o haver pedido, do cargo de subdelegado de policia do districto de Cococy a Cypriano Alves Feitosa, e nomeia para substituil-o o cidadão Eufrasio Alves Feitosa”.
Em 1 de janeiro de 1887 a publicação oficial “CEARENSE”, nos traz uma nota de “Falecimento – No mez de dezembro ultimo faleceu na fazenda jurema da freguesia de Tauhá, exmª. srª. d. Mathilde Telles de Souza Valle, que contava apenas 21 annos e só hacia casado a 24 dias com nosso amigo Sr. Deolindo Alves Feitosa. Sucumbio a uma colica, que zombou de todos os recursos e desvelos da familia. Rogamos a Deus por sua alma. Sentimentosa familia da finada e especialmente aos nossos distinetos amigos Srs. Deolindo Alves Feitosa, Coronel Joaquim Alves Feitosa, Deocleciano Telles de Souza Valle e Benoni Telles de Souza Valle, esposo, sogro e irmãos da finada”.
Observa-se que Deolindo Alves Feitosa, era filho de Joaquim Alves Feitosa que já é apresentado à época como Coronel Joaquim Alves Feitosa.
Posteriormente ocorreu o falecimento de Antonio Alves Feitosa, irmão de major Joaquim Alves Feitosa e Francisco Alves Feitosa.
Anteriormente o clã Alves Feitosa, se filia ao Partido Liberal, e, fazem reunião na Villa de Arneiroz, conforme publicação no “CEARENSE”, “Na villa de Arneiroz em uma grande reunião de liberaes presidida pelo Tenente Mnoel Alves Feitosa, foi eleito o directorio que deve encumbir-se do pleito eleitoral, e promover os interesses do partido naquela localidade, composto dos cidadãos seguintes: Capitão Francisco Alves Feitosa vice presidente, Lourenço Alves Feitosa e Castro 1º secretario, Joaquim Gonçalves Bezerra 2º secretario, Pedro Alves Feitosa thesoureiro, Eufrasio Alves Feitosa, Vicente Ferreira de Sousa, Manoel Alves Feitosa, Manoel Tavares Romeiro, Francisco Guedes Alcoforado, Nemezio Augusto Carvalho Lima, Padre Antonio de Souza Rego”.
Com essa formação no diretório do “Partido Liberal”, o clã Alves Feitosa entra a vida politica na região da Comarcar do Inhamuns.
Em 30 de julho de 1887 saiu publicação de protesto assinado por Francisco Alves Feitosa, nomeado um “liberal de todos os tempos” de “Brejo Secco, data de 11 de julho de 1887, onde ele protestava contra a divisão do Partido Liberal na região.
Anteriormente em março de 1865 ocorreu reunião para formação de grupamento de Voluntários da Patria na região, tendo sido nomeado para o posto de responsável pelo grupamento, o Tenente Joaquim Alves Feitosa e o Major Francisco Alves Feitosa, para alistamento de voluntários, naquela data consta a confecção de um relatório sobre os acontecimentos das reuniões direcionada ao comandante superior dos Voluntários da Patria.
Em publicação no periódico “O CEARENSE”, aos dias 15 de novembro de 1863, consta publicação de correspondência direcionada a PEDRO II, onde é narrada a decisão do promotor inteirinho do Inhamum em requerer a prisão de um criminoso.
Nessa mesma edição consta a publicação de uma correspondência a D. PEDRO II, onde é narrada uma sessão extraordinaria ocorrida aos dias 19 de outubro de 1863 na camara municipal da villa de S. João do Principe, que rebate as acusações anteriores narradas na correspondência enviada pelo promotor, que é assinada pelo Dr. Francisco Bernardo de Carvalho, Juiz de direito da Comarca, por Joaquim Alves Feitosa, presidente da camara municipal da villa de S. João do Principe, e, ainda por Francisco Roberto Barreto, Manoel Joaquim Pereira de Sousa, Pedro de Sousa Motta e Jose da Costa Leitão.
Em publicação no periódico “O CEARENSE” de 1868, consta petição dirigida ao juiz da comarca data de 28 de janeiro de 1867, onde é narrada a abertura do inventário diante da morte de D. Josepha Ferreira de Barros e de Leandro Custodio de Oliveira Castro, o autor da petição é Lourenço Alves de Castro, e, a mesma foi apresentada ao juiz municipal e de órfãos Francisco Barbosa Cordeiro, e, consta como testemunhas daquele ato, “o que dizemos, presenciamos e por nos ser pedido aqui declaramos – Povoação do Cococy 28 de janeiro de 1867. Jose Andre Fernandes Moreira, João Evangelista Cavalcanti, Jose Pedro de Sousa, Jose Alves Feitosa, Antonio Alves Feitosa, Jose Erasmo Alves Feitosa, Cypriano Alves Feitosa. Reconheço as firmas supre de que dou fé – Cococy 28 de janeiro de 1868 – Manoel Ferreira Barreto segundo tabelião o escrevi e firmo com meu signal publico de que uso”
Pela publicação acima podemos concluir que a “Povoação Cococy era onde moravam uma parte da família Alves Feitosa, e, aquela povoação tinha grande importância na Comarca do Inhamum e na Provincia, no total 4 memnros do clã Alves Feitosa presenciaram e testemunharam aquele ato, são eles: Jose Alves Feitosa, Antonio Alves Feitosa, Jose Erasmo Alves Feitosa, Cypriano Alves Feitosa.
Nesse mesmo ano de 1868 consta publicação no periódico “CEARENSE”: “CEARA – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PROVINCIAL DO CEARA”, onde é narrada “Sessão presidencial de abertura, no 1° de novembro de 1868, PRESIDENCIA DO SR. RODRIGUES JUNIOR”. Entre os Srs. deputados presentes naquela Sessão de abertura consta o nome de um dos integrantes do clã Alves de Feitosa, a eleição de Joaquim Alves Feitosa para deputado provincial.
Em 04 de março de 1868 consta publicação no periódico “CEARENSE” n° 2580, a apuração da eleição e diplomação dos deputados provinciais, conforme consta: “Fortaleza de março de 1968 – Eleição Provincial – Ante-hotem a camara municipal d’esta cidade procedeu a apuração da eleição para deputados provinciais pelo 1º districto eleitoral, expedindo diplomas aos 12 cidadãos seguintes: Tenente-coronel Antonio Barroso de Souza 301 votos, Tenente-coronel Antonio Pereira de Brito Paiva 299 votos, Padre Antonio Pereira de Alencar 299 votos, Dr. Raymundo Theodorico de Castro Silva 297 votos, Dr. Antonio Pinto Nogueira Accioly 296 votos, Bento Jose da Fonseca Silva 296 votos, Capitão Jose Nogueira de Hollada Lima 295 votos, Major Joaquim Alves Feitosa 294 votos, Padre João Francisco Pinheiro 294 votos, Padre Antonio Correia de Sá 292 votos, Dr. João Pinto de Mendonça 291 votos, Jose Ladislau Pereira da Silva 285 votos”.
Em publicação no periódico “CEARENSE” de outubro de 1855, 13 anos antes, uma tragédia abateu o inhamum, a família Alves Feitosa e a Fazenda Cococy, Jose Alves Feitosa comete um assassinato tirando a vida um homem, conforme consta na publicação das noticias da Provincia, “Inhamum – informão-nos que no lugar Cococy fora assassinado Leandro Custodio d’Oliveira Castro, proprietário pacifico do lugar, por seu primo Josa Alves Feitosa por suspeita, disem que infundada, de que o finado deshonrava a casa de uma mana sua viuva. O assassino evadio-se para o Piauhy e era perseguido pela justiça”.
Nesse episódio da fuga de Jose Alves Feitosa, o clã Alves Feitosa passou por alguns problemas, inclusive com a casa do Major Joaquim Alves Feitosa sem cercada pelo subdelegado de Marrecas João Franco com 15 capangas, conforme narrativa constante do periódico “CEARENSE”, abaixo:
Consta na Publicação “ANNAES DO PARLAMENTO BRASILEIRO (RJ)” edição do ano 1869, correspondência do delegado de S. João do Principe, que relata um caso um assassinato cometido por Dona Maria Magdalena Alves Feitosa, inclusive narra que, “o juiz de direito interino bacharel Presciliano Antonio da Silva Freire, auxiliado por quasi todos os membros mais importantes da familia Alves Feitosa, entre os quaes como mais violentos e extremados sobresahem o major Joaquim Alves Feitosa e capitão Francisco Alves Feitosa”, inclusive na mesma publicação da entender que Jose Alves Feitosa havia sito preso e conseguiu fugir da cadeia, conforme narrado em outro trecho, “No lugar Serra de Dentro existe um grupo de mais de 100 pessoas inclusive onze recrutas que fugirão outro dia da cadeia e alguns criminosos á cuja frente esta José Alves Feitosa, irmão do já mencionados major e capitão”, a correspondência se referia a Joaquim Alves Feitosa e Francisco Alves Feitosa, os dois mais importantes membros do clã Alves Feitosa naquela época.
No “CEARENSE” de 27 de janeiro de 1871, sai comunicado que Jose Alves Feitosa havia cometido outro assassinato no inhamum, tirando a vida de Manuel Gonçalves da Silva Junior.
No “CEARENSE” de 9 de março de 1871, consta uma especie de artigo, correspondência dirigida a D. PEDRO II, denominado de “A CONQUISTA DO INHAMUM”, denunciando uma serie de ações policiais à época contra o clã Alves Feitosa, com prisões e julgamentos de membros da família por ocasião das buscas por Jose Alves Feitosa, inclusive a prisão de Dona Maria Magdalena Alves Feitosa irmã do Major Joaquim Alves Feitosa, ex-deputado provincial.
O Decreto nº 480, de 6 de Agosto de 1891, retrata a criação de um Comando Superior da Guarda Nacional na Comarca de Inhamuns, no Ceará, conforme segue:
Na obra de Pedro Tenente é intitulada “O Passado no Presente”, escrita aproximadamente no ano de 1933, o ancestral mais remoto da família em pauta era o português João Alves de Lima da Feitosa, o que não parece ser impossível, porém pouco provável, já que a obra de Pedro Tenente é praticamente uma ficção romântica, longe da realidade documental.
O escritor José Alves de Figueiredo, também descendente da família Feitosa, ao falar sobre as origens de Santana do Cariri/CE, antigamente chamada de Brejo Grande, revela que foram João Alves Feitosa e José Alves Cavalcante, em fins do século XVII, quem “lançaram os fundamentos dessa localidade”.
O filho deste escritor, o historiador J. de Figueiredo Filho, alinha-se com o pai, porém limita-se a fazer apenas a transcrição do conteúdo da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (XVI Volume, Rio, 1959), que diz:
Segundo a tradição os primeiros povoadores do município foram os irmãos João Alves Feitosa e José Alves Cavalcante; cessionário da data de Tapera, que aqui aportaram no último quartel do século XVII, procedentes da Casa da Tôrre, Subindo o curso do rio Cariús, instalaram-se nas margens do riacho Brejo Grande, edificando uma capela sob a invocação de Nossa Senhora Santana, no mesmo local onde atualmente se ergue a igreja Matriz. Habitava a região a tribo guerreira dos Buxuxés, nos limites com Pernambuco.
Leonardo Feitosa também registrou a tradição que corria de boca em boca no seio daquela família, dizendo ele que, quando criança, uma das duas histórias mais disseminadas era a de que o português João Alves Feitosa teria vindo de uma ilha chamada Feitosa, versão refutada pelo próprio autor. A segunda versão afirmava que o mesmo português, João Alves Feitosa, era natural da Província do Minho, em Portugal, o que fora mais aceito depois de se saber da existência de uma Vila em Portugal também chamada Feitosa.
Maiores detalhes dessa história do Clã Alves Feitosa, de forma mais detalhada pode ser estudado em http://estoriasehistoria-heitor.blogspot.com/2012/12/familia-feitosa-origem.html.
Fonte: Arquivo da Biblioteca Nacional/Annaes do parlamento brasileiro.