Em uma seria de matérias passaremos a contar momentos da nossa história de Jaicós. Segundo dados da biblioteca do IBGE que guarda os dados da nossa história e relata a situação de Jaicós nos anos de 1960, no censo realizado na década de 1960, dados que passamos a contar, narrou-se assim a nossa história:
“A cidade de Jaicós teve origem numa “aldeia de índios” fundada em 1731 com o nome de Cajueiro. Planícies de mimosa propicias a criação de gado e férteis terras agrícolas favoreceram o progresso da aldeia a tal ponto que, em principia do seculo XIX, seus habitantes obtiveram das autoridades a elevação do lugar a freguesia (1801), denominada Nossa Senhora das Merces de Jaicós.”
O autor, Marcelo de Sousa Neto, em seu artigo: O padre, a vila e o galo da torre: padre Marcos de Araújo Costa e a vila de Jaicós (Piauí, 1832-1850). Topoi. Revista de História, Rio de Janeiro, v. 19, n. 38, p. 241-262, mai./ago. 2018. Disponível em: <www.revistatopoi.org>, narra a história de Jaicós e de seu ilustre cidadão, Padre Marcos, diz que:
“É importante notar ainda que, no período, a maior parte das obras da província estava paralisada pela falta tanto de recursos financeiros quanto de materiais e de pessoal qualificado. Assim, sem a influência e o auxílio financeiro de Padre Marcos, a matriz de Jaicós seria apenas mais um dos “templos em ruínas, paróquias destituídas de pastores”, “como se acha[vam] quase todas as Matrizes da Província”. O prestígio gozado pelo clérigo, capaz de interferir nas prioridades e nas decisões da administração provincial, bem como seu poder econômico ficam notórios nesse exemplo da construção da matriz de Jaicós. Esse episódio remete ainda à conquista de autoridade discutida por Certeau, ao tratar dos espaços de poder ocupados por membros da Igreja, que muitas vezes suprimiam a insuficiência de aparato técnico-administrativo pelos “sistemas de clientela, de cooptações, de ‘legitimidades’”.40
Ainda a respeito da construção da matriz, o presidente da província, em prestação de
contas de 1838, informava que: A matriz de Jaicós está a concluir-se, sendo esta obra a de menos dispêndio para a província, por haverem a ela concorrido muitos de seus paroquianos, sendo entre eles o reverendo Marcos de Araújo Costa, que a tem coadjudado, contribuído com seus dinheiros, incomparável zelo, e influência.”
Mais aqui apresentaremos nossa história segundo consta no Censo realizado em 1965 pelo IBGE relatava “que a cidade de Jaicós, cercada por morros e chapadões, localiza-se em terreno acidentado. Tem 11 ruas e 3 praças, 305 prédios, iluminação publica e domiciliaria (279 ligações elétricas). A energia elétrica é fornecida por usina termoelétrica de propriedade da Prefeitura e localizada no centro da Cidade (corrente: alternada; voltagem: 220V para luz e força; ciclagem: 60 c/ seg.). A praça principal da cidade e arborizada e esta sendo pavimentada. Ha um posto telefônico”.
Essa nossa história passamos a apresentar conforme consta na Biblioteca digital do IBGE, Censo de 1965: