O River Plate tinha até então uma atuação impecável. Marcava muito, anulava o Flamengo, havia feito 1 x 0 e só não tinha ampliado graças aos caprichos dos deuses do futebol.
O Flamengo de 1981 deixou a marca na história. Campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes naquele ano, o time liderado por Zico celebra, neste sábado, os 38 anos da conquista do título continental. No entanto, nesta tarde, as atenções voltadas novamente para o Flamengo.
No Estádio Monumental de Lima, no Peru, erá a vez do time do técnico Jorge Jesus tentar colocar o nome entre os vencedores. O confronto contra o River Plate (ARG), já nos minutos finais da partida, apareceu Gabigol para marcar os dois gols na virada do Flamengo na decisão da Libertadores, que buscava ao menos o empate para levar o jogo a prorrogação, quis o destino em contra-ataque mortal e o Flamengo mostrou ao mundo dos esportes porque o futebol é tão emocionante.
Mais eis que Lucas Pratto, que havia substituído o até então herói Borré, vacilou e permitiu ao Flamengo uma arrancada fulminante que terminou na conclusão de Gabigol.
Bastaram mais três minutos pro River voltar a bater cabeça bem na frente do implacável Gabigol. Era o bi do Mengão, que, mesmo sem estar nos seus melhores dias, venceu na base do coração, sem nunca desistir, com Jesus tentando deixar o time mais ofensivo a cada mexida, seja com Diego, seja com Vitinho.
Um prêmio para a torcida que foi ao Peru e soltou o grito preso na garganta durante 38 anos. Um prêmio pra quem mostrou que é possível vencer, convencer e encantar. Mesmo em um dia em que quase tudo deu errado, porque a sorte parecia ter mudado de lado e, principalmente, porque havia do outro lado um timaço como o River Plate.
Fonte: Terra.