As 39 pessoas encontradas mortas dentro de um contêiner refrigerado em um caminhão em Essex, nos arredores de Londres, eram chinesas, segundo informações preliminares.
A polícia continua interrogando o motorista do veículo, Mo Robinson, um homem de 25 anos natural da Irlanda do Norte. Ele foi preso por suspeita de homicídio.
O contêiner chegou a Purfleet, em Essex, vindo de Zeebrugge, na Bélgica.
Os corpos dos 38 adultos e um adolescente foram descobertos dentro do contêiner no Parque Industrial Waterglade, em Grays, pouco depois das 1h30 de quarta-feira (21h30 de terça-feira em Brasília).
O caminhão e o contêiner deixaram o porto de Purfleet logo após as 1h05.
A polícia disse que o caminhão veio da Irlanda do Norte e buscou o contêiner em Purfleet.
O Ministério Público Federal da Bélgica informou que abriu uma investigação para elucidar o caso.
Um porta-voz do órgão disse que o contêiner chegou a Zeebrugge às 14h29 de terça-feira (9h29 de Brasília) e deixou o porto horas depois na mesma tarde antes de chegar a Purfleet na madrugada de quarta-feira.
Ainda não está claro quando as vítimas foram colocadas no contêiner ou se isso aconteceu na Bélgica, acrescentou ele.
O caminhão foi encaminhado para um local seguro nas docas de Tilbury na quarta-feira, para que os corpos possam ser “resgatados, preservando a dignidade das vítimas”.
Inicialmente, as autoridades acreditavam que o caminhão teria vindo da Bulgária, mas horas depois divulgaram a informação de que o contêiner teria entrado no Reino Unido pela Bélgica.
Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Bulgária disse que o caminhão havia sido registrado no país com o nome de uma empresa de propriedade de um cidadão irlandês.
Na ocasião, ele disse ser “altamente improvável” que os mortos fossem búlgaros.
As temperaturas em contêineres refrigerados podem chegar a -25 ° C.
O primeiro-ministro Boris Johnson descreveu o caso como uma “tragédia inimaginável e verdadeiramente comovente”.
Uma vigília será realizada nesta quinta-feira às 18h (14h de Brasília) em frente ao Ministério do Interior em Londres para “pedir ações urgentes para garantir uma rota segura” para pessoas que fogem da guerra e da pobreza.
Fonte: Terra.