Na de terça-feira, 06/08, foi deflagrada a Operação Cravada pela Polícia Federal, com apoio do Ministério Público do Estado do Paraná, GAECO/SP, Departamento Penitenciário Nacional, Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e Polícia Militar do Estado de São Paulo, para desarticular núcleo financeiro de facção criminosa responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores para financiamento de crimes nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.
Os bastidores começaram vir a tona sobre a informações, escutas telefônicas, gravações, ontem a noite foi amplamente divulgado pela mídia televisiva em seus telejornais áudios onde os membros da organização criminosa falam acerca dos últimos acontecimentos, das operações das policias e até do novo governo.
Para surpresa de todos em determinando trecho das gravações divulgadas pela Policia Federal, segundo as mensagens de áudio obtidas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Cravada, que visa desestruturar o núcleo financeiro de facção criminosa apontam ligação entre a facção criminosa e o Partido dos Trabalhadores (PT). Nos diálogos divulgados pela PF e apresentados nos telejornais, na noite desta quinta-feira, um dos líderes da organização afirma que havia diálogo com o PT. Nos traz ainda em meio às declarações, as críticas ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.
A operação Cravada conforme informações da Policia Federal foram necessários cerca de 180 policiais federais, que cumpriram 55 mandados de busca e apreensão, 30 mandados de prisão, expedidos pela Vara Criminal de Piraquara/PR, nos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá, Centenário do Sul, Arapongas, Londrina, Umuarama, Pérola, Tapejara, Cascavel, Guarapuava no estado do Paraná, Praia Grande, Itapeva, Osasco e Itaquaquecetuba, Hortolândia e São Paulo, no Estado de São Paulo, incluindo também no presídio de Valparaíso/SP, além de outras localidades nos estados do Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.
Desses 30 mandados de prisão, 8 foram cumpridos em presídios, sendo 3 em São Paulo, 1 no Mato Grosso do Sul e 4 no Paraná.
Ao longo da operação que teve inicio em Fevereiro desse foram identificadas e bloqueadas mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país. Sendo que, os respectivos valores que transitavam entre as contas bloqueadas que eram utilizados para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção (financiado diretamente a criminalidade violenta), além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da Facção em locais próximos a presídios.
As informações divulgadas até a presente data mostra que Alexsandro Roberto Pereira, conhecido como Elias, apontado pela investigação como tesoureiro da facção, após fazer críticas ao atual governo e ao Ministro Sergio Moro, o criminoso afirma nas gravações que havia diálogos com o PT, em governos anteriores. “Ele começou a atrasar quando foi pra cima do PT. Pra você ver, o PT com nois tinha diálogo. O PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nois ficar conversado a caminhada aqui pelo telefone, mano. Mas o PT, ele tinha uma linha de diálogo com nois cabulosa, mano”, disse Elias.
Segundo a Policia Federal e as informações da Operação Cravada a referida conversa interceptada teria sido com André Luiz de Oliveira, conhecido como “Salim”.
Em nota, divulgada a imprensa pelo PT, o Partido afirmou que os diálogos se tratam de uma “armação” e criticou o ministro Sérgio Moro. “Esta é mais uma armação como tantas outras forjadas contra o PT, e vem no momento em que a Polícia Federal está subordinada a um ministro acuado pela revelação de suas condutas criminosas. Quem dialogou e fez transações milionárias com criminosos confessos não foi o PT, foi o ex-juiz Sergio Moro, para montar uma farsa judicial contra o ex-presidente Lula com delações mentirosas e sem provas. É Moro que deve se explicar à Justiça e ao país pelas graves acusações que pesam contra ele”, diz a nota do partido.
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Fonte: Correio Braziliense/com informações Agência PF.