O Ministério da Cidadania firmou no último dia 30/07 uma parceria para a qualificação de 800 mil jovens do Cadastro Único.
O acordo feito com o Serviço Social da Indústria (SESI) prevê investimento de mais de R$ 2,3 bilhões em vagas para cursos profissionalizantes nos próximos quatro anos.
A assinatura do termo de cooperação técnica ocorreu na última terça-feira (30/08) entre o ministro da Cidadania, Osmar Terra, e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade.
O ministro Osmar Terra destacou que este é mais um passo para oferecer alternativas aos jovens chamados de ‘nem-nem’, que nem estudam e nem trabalham. Além de representar um grande avanço para o País. “Associando os beneficiários à educação de excelência ofertada pelo SESI, estamos construindo uma agenda positiva para o futuro do Brasil. Essa parceria é o início de um novo ciclo e cria uma nova fórmula de colaboração do setor privado com o governo”, destacou.
Os jovens serão encaminhados pelo Ministério da Cidadania e as inscrições serão feitas pelo SESI. As vagas serão prioritárias para beneficiários do Bolsa Família que não estejam estudando nem inseridos no mercado de trabalho formal. De acordo com o presidente da CNI, Robson de Andrade, a parceria irá elevar a qualificação dos jovens para atuarem na indústria. “Além da qualificação profissional com carga horária de 300 horas, os alunos terão curso de reforço de português e matemática. Então todos nós estamos muito animados e conscientes de que esse trabalho vai contribuir para a construção de um Brasil melhor e mais justo”, ressaltou.
O Ministério da Cidadania atua para gerar emprego, renda e promover a autonomia das pessoas inscritas no Cadastro Único também por meio do Plano Progredir. No portal, é possível encontrar cursos de qualificação profissional, criação de currículo, vagas de emprego e informações sobre acesso a microcrédito. Para mais informações acesse o Portal Progredir.
As estimativas de atendimento nos estados e no Distrito Federal consideram a base industrial e será feita proporcionalmente ao peso da indústria em cada unidade da federação. Assim, devem ser atendidos 44.318 jovens na região Norte; 99.342, no Nordeste; 147.551, no Sul; 461.072, no Sudeste; e 47.717, no Centro-Oeste. Há também um aumento progressivo no número de pessoas que serão atendidas ao longo dos próximos quatro anos, começando com 100 mil, em 2019, e chegando a 280 mil, em 2022. O atendimento e os investimentos previstos devem ocorrer da seguinte forma:
Previsão de atendimento | |
2019 | 100 mil jovens |
2020 | 180 mil jovens |
2021 | 240 mil jovens |
2022 | 280 mil jovens |
Total | 800 mil jovens |
EMPREGO – Os cursos serão oferecidos de acordo com as particularidades econômicas de cada região, de forma a atender com maior eficiência as demandas do setor produtivo local. “O profissional qualificado tem mais chances de manter o emprego e pode conseguir uma vaga mais facilmente quando a economia voltar a crescer”, afirma o diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi.
No caso específico da indústria, os cursos serão oferecidos considerando a capacidade instalada de cada estado e os dados do observatório do setor, que projeta o que os 28 setores industriais demandarão daqui a cinco anos em termos de qualificação técnica e competências, de acordo com a evolução dos meios de produção. Por meio do Mapa do Trabalho Industrial, por exemplo, a indústria conhece as ocupações mais exigidas por nível de qualificação e por unidade da Federação.
O QUE O SESI FAZ – Criado em 1946, o Serviço Social da Indústria (SESI) tem como desafio desenvolver uma educação de excelência voltada para o mundo do trabalho e aumentar a produtividade da indústria, promovendo a saúde e segurança do trabalhador. O SESI oferece soluções para as empresas industriais brasileiras por meio de uma rede integrada, que engloba atividades de educação, segurança e saúde do trabalho e promoção da saúde.
Fonte: Ascom/Ministério da Cidadania/Agência CNI de Notícias.