O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) está a par dos resultados dos testes de interferência do sinal 5G em 3,5 GHz na TV aberta por satélite (TVRO), que usa a banda C. Realizado pelas operadoras móveis e Anatel no último ano, os testes demonstraram que há problemas de convívio entre os serviços nessas faixas.
O MCTIC esta realizado também uma consulta pública receberá contribuições até o dia 31 de julho sobre os temas radiofrequência, outorga e licenciamento, pesquisa, desenvolvimento e inovação, aplicações, e segurança no ambiente 5G.
Seria preciso mais do que um filtro de radiofrequência para harmonizar os sinais.
Segundo Vitor Menezes, secretário de telecomunicações do MCTIC, a solução passa por alterar o parque de antenas parabólicas para TVRO instaladas no país – cerca de 15 milhões – por peças maiores. Quanto maior o diâmetro, mais fácil mitigar a interferência, explica.
Outra solução seria migrar os canais de TV transmitidos em banda C para a banda Ku. “O ministério só vai se posicionar após a definição técnica dentro da Anatel”, diz o secretário. Dessa definição depende o modelo do leilão de espectro que será feito em 2020 pela agência. As frequências licitadas poderão ser usadas para a implantação da 5G no Brasil.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançou nesta terça-feira (2) uma consulta pública sobre redes 5G, a quinta geração de redes móveis de telecomunicações. A consulta pública tem por objetivo colher subsídios dos diversos interessados em todos os segmentos da sociedade para a elaboração de um documento-base da Estratégia Brasileira para Redes de Quinta Geração. Serão aceitas contribuições até o dia 31 de julho deste ano.
Buscando trazer um diagnóstico de desafios ainda a serem enfrentados, uma visão das potencialidades e um mapeamento das oportunidades propiciadas pela tecnologia 5G no Brasil, a Estratégia Brasileira para Redes 5G, elaborada pelo MCTIC, permitirá que o país ingresse na quinta geração de serviços móveis alinhado às melhores práticas mundiais, de forma a aproveitar todas as oportunidades de crescimento econômico e de melhorias na qualidade de vida propiciadas pela tecnologia.
O secretário de Telecomunicações do MCTIC, Vítor Menezes, afirma que a implementação das novas redes terá impacto significativo no cotidiano. “O 5G vai alterar a forma como vivemos e o Brasil precisa estar preparado para essa tecnologia”, ressalta. “A ‘Estratégia Brasileira para redes 5G’ vai nos auxiliar a definir os valores, oportunidades e prioridades para esse novo tempo”.
As tecnologias relacionadas a redes 5G têm um papel central na transformação digital da economia e da sociedade. Com o avanço das tecnologias digitais, é esperada uma ampliação significativa no número de dispositivos móveis conectados à Internet em todo o mundo, e também das conexões máquina-a-máquina que compõem grande parte da chamada Internet das Coisas (IoT).
Além de permitir que mais dispositivos acessem a Internet móvel ao mesmo tempo, a tecnologia 5G promoverá mais velocidade, maior capacidade de banda e maior conectividade entre dispositivos. Aplicações utilizadas em cidades inteligentes, veículos autônomos, procedimentos de saúde realizados à distância, assim como a automação e uso de robótica na produção e nos serviços, se tornarão parte do nosso dia-a-dia.
As perguntas da consulta foram divididas em cinco eixos temáticos: radiofrequência, outorga e licenciamento, pesquisa, desenvolvimento e inovação, aplicações, e segurança no ambiente 5G. As perguntas foram elaboradas a partir do texto base da Estratégia, disponibilizada para download, e cuja leitura é recomendada para melhor aproveitar a participação na consulta.
Todas as respostas enviadas possuirão caráter público e serão divulgadas ao final do período de contribuições.
A consulta pública pode ser acessada pelo endereço:
https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/sessaoPublica/sessao_publica/estrategia5g.html
Fonte: ASCOM/Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).